quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Sobre a-mar-te II


Agora, sempre que eu me pego pensando em você, 
Há um quê de tristeza que me invade as narinas e me afoga.
As recordações te buscam e meu coração titubeia: 
Como teria sido se eu houvesse agido diferente?
Os pulmões se enchem e não consigo nadar. 

Imerso em ti, meu corpo exala o cheiro 
Do teu perfume que tanto faz falta. 
Por que me deixei à deriva? 
“Mar calmo nunca fez bom marinheiro”, 
pois volte a me atormentar, 
vire-me de ponta cabeça em tua tempestade.

“Capitão, vamos afundar!”, 
grita o coração com um sorriso e, 
aos frangalhos, 
assisto o que poderia ter sido,
se houvesse sido, 
escoando-me pelos dedos.

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